Por TakaMassa.net – Futebol, drama e verdades no limite
Poucos minutos bastaram para transformar Matheus Reis, lateral do Sporting, numa das figuras mais faladas – e odiadas – da final da Taça de Portugal 2025. Um pisão na cabeça de Belotti, ainda durante o segundo tempo do clássico contra o Benfica, gerou revolta imediata entre adeptos encarnados. As imagens circularam em loop nas redes sociais. As hashtags com insultos dispararam. E, claro, não faltaram acusações de agressão premeditada.
Mas agora, pela primeira vez desde o episódio, Matheus decidiu falar. E surpreendeu.
“Foi um desequilíbrio do corpo. Não houve intenção. Jamais faria algo assim de propósito”, declarou o jogador em entrevista ao canal do clube, visivelmente calmo.
Segundo ele, o momento foi mal interpretado e “viralizou fora de contexto”. Para o atleta, a intensidade da final, o relvado escorregadio e o contacto físico comum no futebol foram os ingredientes que criaram a cena infeliz. Ainda assim, não convenceu todos.
Do lado dos benfiquistas, a resposta foi clara: não aceitam. Nas redes, os adeptos continuam a exigir um pedido de desculpas formal e até uma suspensão retroativa. Muitos culpam o momento como determinante no psicológico do plantel — e dizem que o Sporting beneficiou dessa impunidade invisível.
Enquanto a polémica cresce em Portugal, Matheus parece estar… longe. Muito longe. Em clima de total descontração, o lateral começou a partilhar imagens das suas férias no Brasil. Praias de sonho, churrascos com amigos, legendas espirituosas como “só energia boa” e até um vídeo a dançar com familiares foram publicadas no seu Instagram — sem qualquer menção à final.
A reação dos adeptos? Dividida.
Os sportinguistas defenderam o jogador com fervor. “Fez o jogo da vida dele, o resto é mimimi!”, escreveu um utilizador. Já os encarnados, como era de esperar, viram provocação nas imagens. “Ele pisa o nosso jogador e vai rir pro Brasil? Sem noção”, escreveu outro, indignado.
A verdade é que o episódio Matheus Reis já entrou para o folclore da rivalidade entre Sporting e Benfica. O pisão está a ser revisto em programas de debate, memes, reels e TikToks. Alguns até o comparam a lances clássicos como o de João Pinto em Aimar, ou ao célebre murro de Paulinho Santos nos anos 90. O futebol português não perdoa. E não esquece.
Enquanto isso, Matheus, de sunga e caipirinha na mão, parece seguir a vida com tranquilidade. Se é estratégia ou pura despreocupação, ninguém sabe. Mas o certo é que, para metade do país, ele será sempre o homem que pisou Belotti e foi passear como se nada fosse. Para a outra metade, um herói mal compreendido, símbolo de raça e entrega num título muito celebrado.
