Ninguém esperava por isso logo no 1º dia… Ver mais
🍼🍼💼 O ambiente na Assembleia da República ganhou um novo tom logo pela manhã. A deputada Rita Matias, representante do partido Chega, surpreendeu ao surgir no primeiro dia de trabalhos da nova legislatura com o seu bebê ao colo. Um gesto aparentemente simples, mas carregado de simbolismo, que rapidamente se tornou viral nas redes sociais e nos corredores da política nacional.
📸 Imagens captadas pelos fotógrafos parlamentares mostram Rita a caminhar de forma firme e serena pelos corredores do hemiciclo, com o bebé nos braços, envolta por olhares curiosos, emocionados e até alguns desconfiados. O Parlamento, espaço tantas vezes marcado pela formalidade e pelo protocolo, foi confrontado com uma cena profundamente humana e simbólica.
🔍 Este momento, embora breve, suscitou um debate intenso nas redes e nos meios de comunicação. Muitos viram na atitude da deputada uma mensagem clara: ser mãe não deve ser incompatível com o exercício de cargos políticos ou de liderança. Outros, porém, levantaram questões sobre a pertinência de levar um bebé para o Parlamento, acusando-a de querer capitalizar politicamente com a imagem.
🗨️ “Foi uma escolha pessoal e simbólica”, disse Rita Matias mais tarde, em declarações à imprensa. Explicou que quis marcar este arranque da legislatura com uma mensagem: a maternidade deve ser visível e respeitada em todos os espaços, inclusive nos de poder. Após a sua chegada, o bebé foi entregue ao pai, reforçando a ideia de partilha parental de responsabilidades, um tema cada vez mais presente nas discussões sobre igualdade de género.
📌 O gesto deu origem a múltiplas interpretações:
- Para alguns, um exemplo de empoderamento feminino e quebra de tabus.
- Para outros, uma provocação desnecessária, especialmente num contexto político polarizado.
- E para muitos, apenas um reflexo da realidade de milhares de mulheres que conciliam maternidade e trabalho todos os dias.
💬 Nos comentários das redes sociais, a divisão é evidente. “Bravo, Rita! Finalmente alguém que representa a realidade das mães portuguesas!”, escreveu uma utilizadora. “Isto é só show-off político”, criticou outro. Independentemente das opiniões, a imagem correu o país — e não só. Já há meios de comunicação internacionais a noticiar o caso, colocando Portugal no centro do debate sobre maternidade e política.
💡 Este acontecimento também levanta questões importantes: por que motivo a presença de uma criança num espaço político ainda causa tanta estranheza? O que diz isso sobre a nossa sociedade e sobre os espaços que criámos para o poder e a representação?
🌍 Noutras partes do mundo, gestos semelhantes têm acontecido ao redor do mundo, sinalizando uma transformação global nos paradigmas de género e poder. Jacinda Ardern, ex-primeira-ministra da Nova Zelândia, foi aclamada internacionalmente ao levar a sua filha recém-nascida para uma assembleia da ONU, demonstrando que a maternidade não precisa de ser ocultada para se exercer liderança. Esta imagem icónica correu os quatro cantos do mundo e tornou-se um símbolo de uma nova geração de líderes.
No Parlamento Europeu, várias eurodeputadas desafiaram normas rígidas ao amamentar durante sessões, abrindo espaço para que a política europeia se tornasse mais inclusiva e representativa da realidade das mulheres. Estes exemplos mostram que não se trata apenas de um gesto simbólico, mas de uma mudança profunda nas estruturas e nas mentalidades.
Em Portugal, o gesto de Rita Matias poderá ter um impacto semelhante. Ao trazer o seu filho para o Parlamento, ela não apenas humanizou o espaço político, mas também lançou um apelo silencioso por maior empatia e compreensão das dificuldades que milhares de mães enfrentam diariamente. Este tipo de ação tem o potencial de gerar um efeito cascata, levando outras instituições a reavaliar as suas próprias posturas e a promover políticas mais amigas da família.
Mais do que um simples momento mediático, esta atitude poderá ser o início de um diálogo mais maduro e necessário sobre o equilíbrio entre vida pessoal e vida pública, reforçando a ideia de que não se deve escolher entre ser mãe e ser profissional — muito menos entre ser mãe e ser política.